Sempre que volto de Ktá City, a grande metrópole de Minas Gerais, percebo o quão imensa é São Paulo. Prédios da altura do céu, caminhões barulhentos e robustos, pessoas indo e vindo, na maioria das vezes sem destino, fazem um contraste gigantesco com minha grande cidade de 50 mil habitantes. Porém, confesso que nunca tinha sentido esse diferença e o quanto sou pequenina perto dessa grande potência. Um dia desses, voltando pra casa e ouvindo Paramore (tudo bem, nada inspirador!), olhei pra fora e vi umas pessoas tomando ônibus à meia noite. Me senti como elas. Desamparada, num grande buraco, onde muitos, senão todos, não olham pra mim, não me conhecem e nem ao menos sabem quem sou. São Paulo é assim. Fria, distante, escura. E muitos de nós passarão por aqui e serão esquecidos, como todos os outros que o mesmo fizeram e tiveram suas lembranças e memórias apagadas. Por isso, fico com minha Cataguases, princesa da zona da mata.
Onde tudo é diferente, onde tudo é quente.