... ou melhor dizendo: primeiras impressões sobre a
viagem.
Conforme os
anos de graduação em Gestão de Politicas Públicas iam passando, uma certeza
também crescia em mim: a de que na altura daquele momento não importava se
seguiria a carreira publica, trabalhando para o governo, ou se mudaria de área
radicalmente, pois o “dano” já estava feito. Eu havia me tornado uma cidadã
verdadeira. Alguém conhecedor de direitos, deveres e, principalmente, das
misérias e injustiças a que está exposto o povo do meu país. Essa condição, a cidadania,
é um grande perigo para alguns, mas significou uma imensurável liberdade para
mim. Isso porque uma mente que se abre ao que está ao seu redor, jamais se
fecha. Como diria um sábio professor do curso, as situações mais complexas e
difíceis são aquelas que mais me interessam e intrigam, porque eu sou assim,
amante de problemas e entusiasta das suas soluções.
Não seria
exagero dizer que a visita a Brasília, a capital de nossa republica, representou
algo como a constatação anterior: a descoberta de um mundo, de diversas
possibilidades para a pessoa profissional que me tornarei e para a pessoa
cidadã, que sonha com um Brasil mais justo para todos nós. No início pensei que
seria por conta da imponência dos prédios, do arrojamento de suas construções.
Bobagem. O que me encantou foi ver profissionais, pessoas, cidadãos, SERVIDORES
do público, que acreditam no trabalho, na mudança social e que, acima de tudo,
dedicam suas vidas para a melhoria do país. Brasília me trouxe a certeza, que
antes era dúvida e angustia: eu quero ser gestora pública e nada mais me fará
realizada como trabalhar por aquilo que acredito, pelos problemas que poucos
veem solução e nos quais eu só consigo enxergar esperança.
Assim, seria
injusto concluir uma experiência, na medida em ainda não há conclusão. Os
efeitos são sentidos, todos os dias, em momentos distintos da minha vida. Como
a escrita no memorial JK anuncia “Tudo se transforma em alvorada nessa cidade
que se abre para o amanha”, Brasília foi, para mim, inspiração, descoberta e
transformação: todas elas contínuas e infinitas.
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