Descrição das Atividades: Dia 06 (06 de setembro)
No sexto
dia em Brasília as atividades tiveram início no Ministério da Saúde, com a
apresentação realizada por Alice Medeiros, representante da Área de Técnica de Vigilância de Assistentes do Ministério da
Saúde, e Thais Silva, Coordenadora do
Programa Saúde na Escola[1].
Alice Medeiros realizou a
apresentação institucional sobre o Sistema de Vigilância de Violências e
Acidentes, da Secretaria de Vigilância em Saúde. O Sistema
busca identificar aspectos relativos a magnitude, transcendência e
vulnerabilidade nos registros de atendimentos hospitalar em todos o país.
O Sistema VIVA foi implantado entre
2006 e 2008 em todos os centros/ serviços de referência em violência do país (centros
de referência para violências, centros de referência para DST/Aids,
ambulatórios especializados, maternidades, entre outros). Em 2009 o VIVA passou
a integrar o Sistema de Informação de Agravos de Notificação versão net (SINAN
NET), disponível para todos os municípios do país.
No entanto, a conquista
mais marcante para essa política pública foi a compulsoriedade da notificação
de violência doméstica, sexual e/ou outras violências, em consonância ao
Estatuto da Criança e do Adolescente, Estatuto do Idoso e a Notificação de
Violência contra a Mulher.
Segundo os
dados, 57,3% da violência sexual e doméstica acontece nas residências, ao passo
que 24,2% desse mesmo tipo de violência é perpetrado por pessoa afetivamente
próxima à vítima.
Thais Silva
realizou a apresentação sobre o Programa Saúde na Escola[2],
política intersetorial dos Ministérios da Educação e Saúde criada em 2007. O
PSE enxerga o ambiente escolar como sendo um importante aliado à implementação
de políticas de melhoria da qualidade de vida da população, principalmente de
crianças, adolescentes e jovens. Os marcos históricos do PSE datam da década de
1920, quando havia consultórios médicos nas escolas, passando então, na década
de 1970 e 1980, com a publicação da Carta Magna, Estatuto da Criança e
Adolescente e, principalmente, o desenvolvimento da Educação e Saúde como
direito de todos e dever do Estado.
As
diretrizes do PSE são: 1) longitudinalidade, 2) Participação social, 3) descentralização, 4)
transdisciplinaridade e intersetorialidade, 5) co-gestão e inclusão, 6)
Integralidade e 7) territorialidade. É possível perceber grande alinhamento de
conceitos, princípios e metodologias entre o PSE e o Programa Saúde da Família[3],
estratégia na área de saúde básica que trabalha com a criação de equipes
multidisciplinares atuando no nível local com a participação e co-gestão de
moradores.
Após a
criação do PSE podemos citar alguns marcos para a temática do desenvolvimento
da saúde aliado à educação, como Ensino Médio Inovador[4],
Núcleo de Apoio à Saúde da Família[5],
Educação Ambiental, Educação Escolar Entre as Grades, Educação de Jovens e
Adultos etc.
Todos
os municípios podem realizar a adesão ao PSE, em todos os níveis da Educação
Básica. No entanto, o programa possui algumas prioridades de atuação e
focalização, entre elas: Escolas com mais de 50% de matriculados no programa Bolsa Família,
escolas do Programa Mais Educação de 2012, creches e pré-escolas, escolas com
adolescentes em medidas sócio educativas, escola do campo e escolas que
participaram do PSE em 2012.
O Programa é
constituído de cinco componentes, ou etapas de implementação, que muito se
assemelham ao ciclo de políticas públicas estudado e discutido ao longo do
curso.
Por
fim, o PSE encontra grande capilaridade e alcance nos municípios brasileiros,
fato demonstrado pela adesão, no ano de 2013, de 4.834, 79.939 escolas e 18.580.386
educandos, segundo dados apresentados.
A última palestra do sexto dia em Brasília foi realizada
no Ministério das Cidades, contando com a participação de Geraldo Freire Garcia, da Secretaria Nacional
de Transporte e Mobilidade Urbana, Li Chong Lee Bacelar de Castro,
Representante da Secretaria Nacional de Habitação, Gustavo Zarif Frayha, da
Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental e Antonio Menezes Júnior, da
Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos. O Ministério,
através de suas secretarias, atua nas seguintes temáticas relativas à gestão e
o desenvolvimento das metrópoles e cidades brasileiras:
A apresentação teve inicio com Gustavo Frayha, sobre
o Portal Capacidades[6]. O foco da discussão foi a
importante temática do Saneamento Básico, com destaque para o Plano Nacional de
Saneamento Básico realizado conjuntamente ao Ministério do Meio Ambiente. A
Missão da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental é “assegurar a população
os direitos humanos fundamentais de acesso a água potável em qualidade e
quantidade suficientes, e a vida em um ambiente salubre nas cidades e no campo,
segundo os princípios fundamentais da universalidade, equidade e integralidade.
Entre os programas e iniciativas apoiados/desenvolvidos pela SNSA destaco o
Apoio a Empreendimentos de Saneamento Integrado, Apoio a Sistemas Públicos de
Manejo de Resíduos Sólidos e Apoio a Elaboração de Estudos, Planos e Projetos
de Saneamento.
O segundo diálogo foi realizado com o Li
Chong, da SNH, com destaque para as apresentações da Política Nacional de
Habitação[7], do Programa de Aceleração
do Crescimento (PAC) e o Programa Minha Casa, Minha Vida[8] .
A
apresentação de Antonio Menezes, representante da Secretaria Nacional de
Acessibilidade e Programas Urbanos, teve como destaque o Programa de
Reabilitação Urbana. Baseado no conceito de uso e ocupação democrática social
dos centros urbanos, o Programa tem como objetivo primordial a recuperação do
estoque imobiliário subutilizado das grande cidades, promovendo a atração de
população de diversas classes sociais, com destaque para aquelas de baixa
renda, objetivando a diversidade funcional, recuperação de atividades
econômicas e a preservação do patrimônio cultural, histórico e ambiental[9].
Geraldo
Garcia, da SNTMU, destacou a implementação da Politica Nacional de Mobilidade
Urbana (Lei 12.587 de 2012), que tem como objetivo “o direito a cidade, a
consolidação da democracia, a promoção da cidadania e da inclusão social, a
modernização regulatória e o desenvolvimento institucional, bem como o
fortalecimento do poder local”[10].
Destaco outras iniciativas da Secretaria, entre elas o PAC 2 – Mobilidade Médias
e Grandes Cidades, PAC da Copa, Pro Transporte, Bicicleta Brasil e o programa
Brasil Acessível.
Com o
termino da visita ao Ministério das Cidades, tem fim o sexto dia do Cidade
Constitucional.
[1]
Programa Saúde Na Escola: http://portal.saude.gov.br/PORTAL/SAUDE/GESTOR/AREA.CFM?ID_AREA=1828
[2] Programa Saúde na Escola: http://portal.saude.gov.br/PORTAL/SAUDE/GESTOR/AREA.CFM?ID_AREA=1828
[3] Programa Saúde da Família – PSE: http://portal.saude.gov.br/portal/saude/cidadao/area.cfm?id_area=149
[4] Ensino Médio Inovador: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=13439
[5] Núcleo de Apoio à Saúde da Família: http://dab.saude.gov.br/portaldab/biblioteca.php?conteudo=publicacoes/cab27
[6] Portal Capacidades: http://www.cidades.gov.br/index.php/capacitacao/portal-capacidades
[7] Política Nacional de Habitação: http://www.cidades.gov.br/index.php/politica-nacional-de-habitacao-pnh.html
[8] Programa Minha Casa, Minha Vida: http://www.cidades.gov.br/index.php/minha-casa-minha-vida.html
[9] Programa de Reabilitação Urbana: http://www.cidades.gov.br/index.php/reabilitacao-de-areas-urbanas-centrais/902-apresentacao.html
[10] Politica Nacional de Mobilidade Urbana http://www.cidades.gov.br/index.php/politica-nacional-de-mobilidade-urbana.html
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