terça-feira, 5 de novembro de 2013

Dia 05 - 05 de setembro

Descrição das Atividades: Dia 5 (05 de setembro)


            O quinto dia em Brasília teve início com a visita ao Banco Central[1] do Brasil, com a participação de João Evangelista de Sousa Filho, Chefe da Área de Educação Financeira da instituição, Elvira Cruvinel Ferreira Ventura e Rodrigo Ferreira Marques Lobo, servidores do Departamento de Educação Financeira do BCB.
            Em linhas gerais, a atividade foi dividida em duas grandes partes: a primeira, uma apresentação institucional da autarquia e a segunda, um seminário sobre educação financeira e finanças pessoais.
            Entre todo o conteúdo ministrado, destaco o papel da educação financeira na vida da população brasileira. Em virtude do aumento do acesso ao crédito, muitos cidadãos passam a adquirir empréstimos com instituições financeiras sem conhecer propriamente os benefícios e malefícios de tal prática. A abertura de crédito deve, obrigatoriamente, ser acompanhada de orientações sobre sua melhor utilização. Sendo assim, o BCB tem desenvolvido atividades sobre educação financeira e finanças pessoais através do Comitê Nacional de Educação Financeira[2].
            Após o almoço, seguimos para o diálogo com os representantes da Secretaria Nacional de Articulação Social da Secretaria-Geral da Presidência da República, Marcelo Pires Mendonça, Vera Lucia Lourenço Barrito, Fernando Mattos e Daniel Velino, realizado no Anexo I do Palácio do Planalto.
            A Secretaria Nacional de Articulação Socia[3]l, criada em 2012 através do Decreto Nº 7.688[4] tem como competências:
“Art. 14.  À Secretaria Nacional de Articulação Social compete:
I - coordenar e articular as relações políticas do Governo com os diferentes segmentos da sociedade civil;
II - propor e apoiar novos instrumentos de participação social;
III - definir e desenvolver metodologia para coleta de dados com a finalidade de subsidiar o acompanhamento das ações do Governo em seu relacionamento com a sociedade civil;
IV - cooperar com os movimentos sociais na articulação das agendas e ações que fomentem o diálogo, a participação social e a educação popular;
V - articular, fomentar e apoiar processos educativo-formativos, em conjunto com os movimentos sociais, no âmbito das políticas públicas do Governo federal; e
VI - exercer outras atribuições que lhe forem designadas pelo Ministro de Estado ou Secretário-Executivo”.
A SNAS trabalha com a participação popular nacional, buscando estabelecer uma ponte entre a presidência e os movimentos sociais. Adicionalmente, esta atua como promotora da educação popular, através de iniciativas como a Rede de Educação Cidadã. A Secretaria conta com três departamentos principais: Departamento de Diálogos Sociais (DDS), Departamento de Participação Social (DPS) e Departamento de Educação Popular e Mobilização Cidadã (DEPMC). A seguir, um esquema contendo as principais competências de cada departamento da SNAS:
(Fonte: Elaboração da autora).
            Ao fim do quinto dia, seguimos para o Ministério da Justiça[5] para o seminário ministrado por Paulo Abrão, Secretário do Ministério da Justiça, Ricardo de Andrade Saad, Diretor Departamento de Recuperação de ativos e Cooperação jurídica Internacional e Fernanda Alves dos Anjos, Diretora do Departamento de Justiça, Classificação, Títulos e Qualificação.
            Em linhas gerais, o conteúdo da apresentação dos representantes do Ministério da Justiça versou sobre crimes transnacionais. Saad abordou a temática da cooperação jurídica internacional, destacando o papel ENCCLA – Estratégica Nacional de Combate a Corrupção e à Lavagem de dinheiro[6]. A ENCCLA foi criada em 2003 com o objetivo de combater de forma sistêmica a lavagem de dinheiro no país. Ela conta com a articulação de diversos órgãos da administração pública, os três poderes e da sociedade civil. Atualmente, cerca de 60 orgãos fazem parte da ENCCLA, entre eles o TCU, CGU, BACEN, FEBRABAN, e outros. A cooperação entre a ENCCLA e os diferentes órgãos – nacionais e internacionais - pode ser  definida como Cooperação Direta, Cooperação policial, Cooperação dos Ministérios Públicos, Cooperação dos órgãos de Inteligência, entre outros.
            A apresentação de Fernanda dos Anjos abordou aspectos do trabalho do Departamento de Justiça, Classificação, Títulos e Qualificação, que é responsável, entre outros, pelos critérios de classificação indicativa da programação de TV aberta, filmes, jogos, etc. No entanto, o conteúdo mais interessante da palestra foi sobre as iniciativas do Ministério no tocante ao combate e enfrentamento ao Tráfico de Pessoas. O DeJus é responsável pelo alinhamento das diversas iniciativas do Plano Nacional de Enfretamento ao Tráfico de Pessoas no plano federal, bem como a produção de relatórios e pesquisas sobre a temática. Neste quesito, o Departamento publicou o relatório “Diagnóstico sobre Tráfico de Pessoas nas áreas de fronteiras no Brasil”, no qual são mapeadas as principais modalidades do crime em 11 estados brasileiros no período de 2005 a 2011.
            O Tráfico de Pessoas é definido como “o recrutamento, o transporte, a transferência, o alojamento ou o acolhimento de pessoas, recorrendo à ameaça ou ao uso da força ou outras formas de coação, ao rapto, à fraude, ao engano, ao abuso de autoridade ou à situação de vulnerabilidade ou à entrega ou aceitação de pagamentos ou benefícios para obter o consentimento de uma pessoa que tenha autoridade sobre outra para fins de exploração” (DeJus,2013).
           

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