terça-feira, 5 de novembro de 2013
Conslusão
... ou melhor dizendo: primeiras impressões sobre a
viagem.
Conforme os
anos de graduação em Gestão de Politicas Públicas iam passando, uma certeza
também crescia em mim: a de que na altura daquele momento não importava se
seguiria a carreira publica, trabalhando para o governo, ou se mudaria de área
radicalmente, pois o “dano” já estava feito. Eu havia me tornado uma cidadã
verdadeira. Alguém conhecedor de direitos, deveres e, principalmente, das
misérias e injustiças a que está exposto o povo do meu país. Essa condição, a cidadania,
é um grande perigo para alguns, mas significou uma imensurável liberdade para
mim. Isso porque uma mente que se abre ao que está ao seu redor, jamais se
fecha. Como diria um sábio professor do curso, as situações mais complexas e
difíceis são aquelas que mais me interessam e intrigam, porque eu sou assim,
amante de problemas e entusiasta das suas soluções.
Não seria
exagero dizer que a visita a Brasília, a capital de nossa republica, representou
algo como a constatação anterior: a descoberta de um mundo, de diversas
possibilidades para a pessoa profissional que me tornarei e para a pessoa
cidadã, que sonha com um Brasil mais justo para todos nós. No início pensei que
seria por conta da imponência dos prédios, do arrojamento de suas construções.
Bobagem. O que me encantou foi ver profissionais, pessoas, cidadãos, SERVIDORES
do público, que acreditam no trabalho, na mudança social e que, acima de tudo,
dedicam suas vidas para a melhoria do país. Brasília me trouxe a certeza, que
antes era dúvida e angustia: eu quero ser gestora pública e nada mais me fará
realizada como trabalhar por aquilo que acredito, pelos problemas que poucos
veem solução e nos quais eu só consigo enxergar esperança.
Assim, seria
injusto concluir uma experiência, na medida em ainda não há conclusão. Os
efeitos são sentidos, todos os dias, em momentos distintos da minha vida. Como
a escrita no memorial JK anuncia “Tudo se transforma em alvorada nessa cidade
que se abre para o amanha”, Brasília foi, para mim, inspiração, descoberta e
transformação: todas elas contínuas e infinitas.
Dia 07 - 07 de setembro
Descrição das Atividades dia 07: (07 de Setembro)
No ultimo
dia em Brasília participamos do desfile cívico militar em comemoração a Independência
do Brasil. O evento foi interessante e muito belo, contando com a participação
da Presidenta Dilma Rousseff. Após o desfile, fomos liberados para a visitação
de alguns prédios administrativos, como o Palácio do Itamaraty e pontos
turísticos, como a Catedral de Brasília. Alguns alunos seguiram para a Feira da
Torre[1].
O ônibus da USP retornou para São Paulo às 13h.
Dia 06 - 06 de setembro
Descrição das Atividades: Dia 06 (06 de setembro)
No sexto
dia em Brasília as atividades tiveram início no Ministério da Saúde, com a
apresentação realizada por Alice Medeiros, representante da Área de Técnica de Vigilância de Assistentes do Ministério da
Saúde, e Thais Silva, Coordenadora do
Programa Saúde na Escola[1].
Alice Medeiros realizou a
apresentação institucional sobre o Sistema de Vigilância de Violências e
Acidentes, da Secretaria de Vigilância em Saúde. O Sistema
busca identificar aspectos relativos a magnitude, transcendência e
vulnerabilidade nos registros de atendimentos hospitalar em todos o país.
O Sistema VIVA foi implantado entre
2006 e 2008 em todos os centros/ serviços de referência em violência do país (centros
de referência para violências, centros de referência para DST/Aids,
ambulatórios especializados, maternidades, entre outros). Em 2009 o VIVA passou
a integrar o Sistema de Informação de Agravos de Notificação versão net (SINAN
NET), disponível para todos os municípios do país.
No entanto, a conquista
mais marcante para essa política pública foi a compulsoriedade da notificação
de violência doméstica, sexual e/ou outras violências, em consonância ao
Estatuto da Criança e do Adolescente, Estatuto do Idoso e a Notificação de
Violência contra a Mulher.
Segundo os
dados, 57,3% da violência sexual e doméstica acontece nas residências, ao passo
que 24,2% desse mesmo tipo de violência é perpetrado por pessoa afetivamente
próxima à vítima.
Thais Silva
realizou a apresentação sobre o Programa Saúde na Escola[2],
política intersetorial dos Ministérios da Educação e Saúde criada em 2007. O
PSE enxerga o ambiente escolar como sendo um importante aliado à implementação
de políticas de melhoria da qualidade de vida da população, principalmente de
crianças, adolescentes e jovens. Os marcos históricos do PSE datam da década de
1920, quando havia consultórios médicos nas escolas, passando então, na década
de 1970 e 1980, com a publicação da Carta Magna, Estatuto da Criança e
Adolescente e, principalmente, o desenvolvimento da Educação e Saúde como
direito de todos e dever do Estado.
As
diretrizes do PSE são: 1) longitudinalidade, 2) Participação social, 3) descentralização, 4)
transdisciplinaridade e intersetorialidade, 5) co-gestão e inclusão, 6)
Integralidade e 7) territorialidade. É possível perceber grande alinhamento de
conceitos, princípios e metodologias entre o PSE e o Programa Saúde da Família[3],
estratégia na área de saúde básica que trabalha com a criação de equipes
multidisciplinares atuando no nível local com a participação e co-gestão de
moradores.
Após a
criação do PSE podemos citar alguns marcos para a temática do desenvolvimento
da saúde aliado à educação, como Ensino Médio Inovador[4],
Núcleo de Apoio à Saúde da Família[5],
Educação Ambiental, Educação Escolar Entre as Grades, Educação de Jovens e
Adultos etc.
Todos
os municípios podem realizar a adesão ao PSE, em todos os níveis da Educação
Básica. No entanto, o programa possui algumas prioridades de atuação e
focalização, entre elas: Escolas com mais de 50% de matriculados no programa Bolsa Família,
escolas do Programa Mais Educação de 2012, creches e pré-escolas, escolas com
adolescentes em medidas sócio educativas, escola do campo e escolas que
participaram do PSE em 2012.
O Programa é
constituído de cinco componentes, ou etapas de implementação, que muito se
assemelham ao ciclo de políticas públicas estudado e discutido ao longo do
curso.
Por
fim, o PSE encontra grande capilaridade e alcance nos municípios brasileiros,
fato demonstrado pela adesão, no ano de 2013, de 4.834, 79.939 escolas e 18.580.386
educandos, segundo dados apresentados.
A última palestra do sexto dia em Brasília foi realizada
no Ministério das Cidades, contando com a participação de Geraldo Freire Garcia, da Secretaria Nacional
de Transporte e Mobilidade Urbana, Li Chong Lee Bacelar de Castro,
Representante da Secretaria Nacional de Habitação, Gustavo Zarif Frayha, da
Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental e Antonio Menezes Júnior, da
Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos. O Ministério,
através de suas secretarias, atua nas seguintes temáticas relativas à gestão e
o desenvolvimento das metrópoles e cidades brasileiras:
A apresentação teve inicio com Gustavo Frayha, sobre
o Portal Capacidades[6]. O foco da discussão foi a
importante temática do Saneamento Básico, com destaque para o Plano Nacional de
Saneamento Básico realizado conjuntamente ao Ministério do Meio Ambiente. A
Missão da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental é “assegurar a população
os direitos humanos fundamentais de acesso a água potável em qualidade e
quantidade suficientes, e a vida em um ambiente salubre nas cidades e no campo,
segundo os princípios fundamentais da universalidade, equidade e integralidade.
Entre os programas e iniciativas apoiados/desenvolvidos pela SNSA destaco o
Apoio a Empreendimentos de Saneamento Integrado, Apoio a Sistemas Públicos de
Manejo de Resíduos Sólidos e Apoio a Elaboração de Estudos, Planos e Projetos
de Saneamento.
O segundo diálogo foi realizado com o Li
Chong, da SNH, com destaque para as apresentações da Política Nacional de
Habitação[7], do Programa de Aceleração
do Crescimento (PAC) e o Programa Minha Casa, Minha Vida[8] .
A
apresentação de Antonio Menezes, representante da Secretaria Nacional de
Acessibilidade e Programas Urbanos, teve como destaque o Programa de
Reabilitação Urbana. Baseado no conceito de uso e ocupação democrática social
dos centros urbanos, o Programa tem como objetivo primordial a recuperação do
estoque imobiliário subutilizado das grande cidades, promovendo a atração de
população de diversas classes sociais, com destaque para aquelas de baixa
renda, objetivando a diversidade funcional, recuperação de atividades
econômicas e a preservação do patrimônio cultural, histórico e ambiental[9].
Geraldo
Garcia, da SNTMU, destacou a implementação da Politica Nacional de Mobilidade
Urbana (Lei 12.587 de 2012), que tem como objetivo “o direito a cidade, a
consolidação da democracia, a promoção da cidadania e da inclusão social, a
modernização regulatória e o desenvolvimento institucional, bem como o
fortalecimento do poder local”[10].
Destaco outras iniciativas da Secretaria, entre elas o PAC 2 – Mobilidade Médias
e Grandes Cidades, PAC da Copa, Pro Transporte, Bicicleta Brasil e o programa
Brasil Acessível.
Com o
termino da visita ao Ministério das Cidades, tem fim o sexto dia do Cidade
Constitucional.
[1]
Programa Saúde Na Escola: http://portal.saude.gov.br/PORTAL/SAUDE/GESTOR/AREA.CFM?ID_AREA=1828
[2] Programa Saúde na Escola: http://portal.saude.gov.br/PORTAL/SAUDE/GESTOR/AREA.CFM?ID_AREA=1828
[3] Programa Saúde da Família – PSE: http://portal.saude.gov.br/portal/saude/cidadao/area.cfm?id_area=149
[4] Ensino Médio Inovador: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=13439
[5] Núcleo de Apoio à Saúde da Família: http://dab.saude.gov.br/portaldab/biblioteca.php?conteudo=publicacoes/cab27
[6] Portal Capacidades: http://www.cidades.gov.br/index.php/capacitacao/portal-capacidades
[7] Política Nacional de Habitação: http://www.cidades.gov.br/index.php/politica-nacional-de-habitacao-pnh.html
[8] Programa Minha Casa, Minha Vida: http://www.cidades.gov.br/index.php/minha-casa-minha-vida.html
[9] Programa de Reabilitação Urbana: http://www.cidades.gov.br/index.php/reabilitacao-de-areas-urbanas-centrais/902-apresentacao.html
[10] Politica Nacional de Mobilidade Urbana http://www.cidades.gov.br/index.php/politica-nacional-de-mobilidade-urbana.html
Dia 05 - 05 de setembro
Descrição das Atividades: Dia 5 (05 de setembro)
O quinto
dia em Brasília teve início com a visita ao Banco Central[1]
do Brasil, com a participação de João Evangelista de Sousa Filho, Chefe da Área
de Educação Financeira da instituição, Elvira Cruvinel Ferreira Ventura e
Rodrigo Ferreira Marques Lobo, servidores do Departamento de Educação
Financeira do BCB.
Em linhas
gerais, a atividade foi dividida em duas grandes partes: a primeira, uma
apresentação institucional da autarquia e a segunda, um seminário sobre
educação financeira e finanças pessoais.
Entre todo
o conteúdo ministrado, destaco o papel da educação financeira na vida da
população brasileira. Em virtude do aumento do acesso ao crédito, muitos
cidadãos passam a adquirir empréstimos com instituições financeiras sem
conhecer propriamente os benefícios e malefícios de tal prática. A abertura de
crédito deve, obrigatoriamente, ser acompanhada de orientações sobre sua melhor
utilização. Sendo assim, o BCB tem desenvolvido atividades sobre educação
financeira e finanças pessoais através do Comitê Nacional de Educação
Financeira[2].
Após o
almoço, seguimos para o diálogo com os representantes da Secretaria Nacional de Articulação Social da
Secretaria-Geral da Presidência da República, Marcelo Pires Mendonça, Vera
Lucia Lourenço Barrito, Fernando Mattos e Daniel Velino, realizado no Anexo I
do Palácio do Planalto.
A
Secretaria Nacional de Articulação Socia[3]l,
criada em 2012 através do Decreto Nº 7.688[4]
tem como competências:
“Art. 14. À Secretaria Nacional de Articulação Social
compete:
I - coordenar e articular as relações políticas do Governo com
os diferentes segmentos da sociedade civil;
II - propor e apoiar novos instrumentos de participação social;
III - definir e desenvolver metodologia para coleta de dados
com a finalidade de subsidiar o acompanhamento das ações do Governo em seu
relacionamento com a sociedade civil;
IV - cooperar com os movimentos sociais na articulação das
agendas e ações que fomentem o diálogo, a participação social e a educação
popular;
V - articular, fomentar e apoiar processos
educativo-formativos, em conjunto com os movimentos sociais, no âmbito das
políticas públicas do Governo federal; e
VI - exercer outras atribuições que lhe forem designadas pelo
Ministro de Estado ou Secretário-Executivo”.
A SNAS trabalha com a
participação popular nacional, buscando estabelecer uma ponte entre a
presidência e os movimentos sociais. Adicionalmente, esta atua como promotora
da educação popular, através de iniciativas como a Rede de Educação Cidadã. A
Secretaria conta com três departamentos principais: Departamento de Diálogos
Sociais (DDS), Departamento de Participação Social (DPS) e Departamento
de Educação Popular e Mobilização Cidadã (DEPMC). A seguir, um esquema contendo
as principais competências de cada departamento da SNAS:
(Fonte: Elaboração da autora).
Ao fim do
quinto dia, seguimos para o Ministério da Justiça[5]
para o seminário ministrado por Paulo Abrão, Secretário do Ministério da
Justiça, Ricardo de Andrade Saad, Diretor
Departamento de Recuperação de ativos e Cooperação jurídica Internacional e
Fernanda Alves dos Anjos, Diretora do Departamento de Justiça,
Classificação, Títulos e Qualificação.
Em linhas gerais, o
conteúdo da apresentação dos representantes do Ministério da Justiça versou
sobre crimes transnacionais. Saad abordou a temática da cooperação jurídica
internacional, destacando o papel ENCCLA – Estratégica Nacional de Combate a
Corrupção e à Lavagem de dinheiro[6]. A ENCCLA foi criada em 2003 com o objetivo de
combater de forma sistêmica a lavagem de dinheiro no país. Ela conta com a
articulação de diversos órgãos da administração pública, os três poderes e da
sociedade civil. Atualmente, cerca de 60 orgãos fazem parte da ENCCLA, entre
eles o TCU, CGU, BACEN, FEBRABAN, e outros. A cooperação entre a ENCCLA e os
diferentes órgãos – nacionais e internacionais - pode ser definida como Cooperação
Direta,
Cooperação policial, Cooperação dos Ministérios Públicos, Cooperação dos órgãos
de Inteligência, entre outros.
A
apresentação de Fernanda dos Anjos abordou aspectos do trabalho do Departamento
de Justiça, Classificação, Títulos e Qualificação, que é responsável, entre
outros, pelos critérios de classificação indicativa da programação de TV
aberta, filmes, jogos, etc. No entanto, o conteúdo mais interessante da
palestra foi sobre as iniciativas do Ministério no tocante ao combate e
enfrentamento ao Tráfico de Pessoas. O DeJus é responsável pelo alinhamento das
diversas iniciativas do Plano Nacional de Enfretamento ao Tráfico de Pessoas no
plano federal, bem como a produção de relatórios e pesquisas sobre a temática.
Neste quesito, o Departamento publicou o relatório “Diagnóstico sobre Tráfico
de Pessoas nas áreas de fronteiras no Brasil”, no qual são mapeadas as
principais modalidades do crime em 11 estados brasileiros no período de 2005 a 2011.
O Tráfico
de Pessoas é definido como “o recrutamento, o transporte, a transferência, o
alojamento ou o acolhimento de pessoas, recorrendo à ameaça ou ao uso da força
ou outras formas de coação, ao rapto, à fraude, ao engano, ao abuso de
autoridade ou à situação de vulnerabilidade ou à entrega ou aceitação de
pagamentos ou benefícios para obter o consentimento de uma pessoa que tenha
autoridade sobre outra para fins de exploração” (DeJus,2013).
[1] Banco Central do Brasil: http://www.bcb.gov.br/pt-br/paginas/default.aspx
[2] Comitê Nacional de Educação Financeira: http://www.bcb.gov.br/?BCEDFIN
[4] Decreto 7.688 de 2 de março de 2012: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Decreto/D7688.htm
[5] Ministério da Justiça: http://www.justica.gov.br/portal/ministerio-da-justica/
Dia 04 - 04 de setembro
Descrição das Atividades: Dia 4 (04 de setembro)
As
atividades do quarto dia em Brasília têm início com a visita à Câmara dos
Deputados. No entanto, e em decorrência de manifestação relativa à aprovação do
PL 4330[1],
não nos foi possível visitar, como programado inicialmente, o Congresso
Nacional.
Dessa
forma, fomos conduzidos até o Centro de Formação, Treinamento e Aperfeiçoamento
– CEFOR[2]
para apresentação, realizada por Aldo Moreno, da Comissão de Legislação
Participativa da Câmara dos Deputados[3].
A
Constituição Federal de 1988, através de seu Artigo 61, parágrafo 2 prevê a
possibilidade de apresentação de projetos de Lei a partir de iniciativa
popular. No entanto, há algumas exigências para a aceitação dos projetos, como
a adesão mínima de 1% do eleitorado nacional. Reconhecendo a complexidade do
mecanismo constitucional, no ano de 2011 foi criada a Comissão Legislativa de
Participação, constituindo-se como “[...] um fórum por meio do qual a sociedade
civil organizada poderá intervir diretamente no sistema de produção de normas e
das leis, apresentando sugestões para a elaboração de novas normas ou para o
aperfeiçoamento da legislação já existente” (O menor caminho entre os
interesses da população e a Câmara dos Deputados, 7ª Edição, p.13)[4].
De acordo
com a descrição, a CLP analisa as propostas enviadas por grupos da sociedade
civil organizada. Sendo assim, esse mecanismo não pode ser acionado por
indivíduos, mas somente por organizações, entre elas: entidades da sociedade
civil, sindicatos, organizações de classe, organizações não-governamentais,
entre outras.
A CLP conta
com 18 membros titulares e um igual número de suplente, sendo presidida
atualmente pelo Deputado Lincoln Portela (PR/MG).
A
tramitação de um PL encaminhado à Comissão de Legislação Participativa obedece
a seguinte ordem:
(Fonte: O menor caminho entre os interesses da população e a
Câmara dos Deputados, 7ª Edicação – 2013).
Outra
interessante forma de participação civil é o Banco de Ideias[5],
que permite a apresentação de propostas ao Poder Legislativo. Ao contrário do
observado anteriormente, o cidadão, mesmo que não membro de uma entidade civil
organizada, pode sugerir temas e ideias que ficarão disponíveis tanto para
parlamentares quanto para consulta pública de toda a sociedade.
Como
resultados da atuação da CLP, atualmente encontram-se em tramitação na Comissão
130 proposições, e 42 proposições tramitam no plenário.
Após a
palestra na CLP, nos dirigimos ao Restaurante da Câmara dos Deputados para o
almoço.
No período
da tarde, fomos recebidos na Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa do Senado. A sessão foi realizada pela Presidenta Senadora Ana
Rita Esgario (PT/ES). Particularmente, essa era a atividade mais esperada por mim
em todos os dias em que estivemos em Brasília. Obviamente ,
e como a maioria dos alunos presentes, gostaria de ter visitado também a mesma
Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, presidida pelo (pastor)
Marco Feliciano (PSC/SP)[6],
especialmente pela visibilidade midiática que esta tem recebido nos últimos
meses, gerando revolta e inconformismo por parte de muitos cidadãos, incluindo
a mim. No entanto, a visita ao Senado e a participação na sessão acima descrita
foi absolutamente proveitosa. Para além de todos os ensinamentos e informações
apreendidas, foi incrível poder observar o trabalho de uma agente pública séria
e comprometida como (aparenta ser) a Senadora Ana Rita Esgario. Através de suas
atividades, foram feitas investigações, bem como propostas de lei e intervenção
sobre a temática da escravidão e do tráfico de seres humanos. E eu, como
pesquisadora (e fascinada) pelo tema, não pude deixar de sentir uma alegria em
conhecer as pessoas que lutam para que o país apague esta que é senão a maior,
uma das maiores chagas do Brasil.
A Senadora
Ana Rita apresentou, entre outros assuntos, a composição e as competências da
comissão, bem como os mecanismos para a participação por parte da população,
entre eles a denúncia.
Seguimos
para a Escola Superior de Administração Fazendária para a realização do “III
Seminário USP-ESAF – A Democracia no Processo
Tributário. Reflexões a respeito da Educação Fiscal - Democracia e
Tributação”. O professor da UnB responsável pela apresentação discutiu conceitos
como tributação (taxas, impostos e contribuição de melhoria), o papel da
tributação no Estado, a necessidade da existência do Estado, entre outros.
Ressaltou-se o fato de que
a tributação atua (ou deve atuar) como um mecanismo de redistribuição de renda.
Haja vista a não regulação do imposto sobre grandes fortunas, por exemplo, não
se pode dizer que este preceito tenha sido aplicado no sistema tributário
brasileiro.
Descrição das Atividades: Dia 5 (05 de setembro)
O quinto
dia em Brasília teve início com a visita ao Banco Central[7]
do Brasil, com a participação de João Evangelista de Sousa Filho, Chefe da Área
de Educação Financeira da instituição, Elvira Cruvinel Ferreira Ventura e
Rodrigo Ferreira Marques Lobo, servidores do Departamento de Educação Financeira
do BCB.
Em linhas
gerais, a atividade foi dividida em duas grandes partes: a primeira, uma
apresentação institucional da autarquia e a segunda, um seminário sobre
educação financeira e finanças pessoais.
Entre todo
o conteúdo ministrado, destaco o papel da educação financeira na vida da
população brasileira. Em virtude do aumento do acesso ao crédito, muitos
cidadãos passam a adquirir empréstimos com instituições financeiras sem
conhecer propriamente os benefícios e malefícios de tal prática. A abertura de
crédito deve, obrigatoriamente, ser acompanhada de orientações sobre sua melhor
utilização. Sendo assim, o BCB tem desenvolvido atividades sobre educação
financeira e finanças pessoais através do Comitê Nacional de Educação
Financeira[8].
Após o
almoço, seguimos para o diálogo com os representantes da Secretaria Nacional de Articulação Social da
Secretaria-Geral da Presidência da República, Marcelo Pires Mendonça, Vera
Lucia Lourenço Barrito, Fernando Mattos e Daniel Velino, realizado no Anexo I
do Palácio do Planalto.
A
Secretaria Nacional de Articulação Socia[9]l,
criada em 2012 através do Decreto Nº 7.688[10]
tem como competências:
“Art. 14. À Secretaria Nacional de Articulação Social
compete:
I - coordenar e articular as relações políticas do Governo com
os diferentes segmentos da sociedade civil;
II - propor e apoiar novos instrumentos de participação
social;
III - definir e desenvolver metodologia para coleta de dados
com a finalidade de subsidiar o acompanhamento das ações do Governo em seu relacionamento
com a sociedade civil;
IV - cooperar com os movimentos sociais na articulação das
agendas e ações que fomentem o diálogo, a participação social e a educação
popular;
V - articular, fomentar e apoiar processos
educativo-formativos, em conjunto com os movimentos sociais, no âmbito das
políticas públicas do Governo federal; e
VI - exercer outras atribuições que lhe forem designadas pelo
Ministro de Estado ou Secretário-Executivo”.
A SNAS trabalha com a
participação popular nacional, buscando estabelecer uma ponte entre a
presidência e os movimentos sociais. Adicionalmente, esta atua como promotora
da educação popular, através de iniciativas como a Rede de Educação Cidadã. A
Secretaria conta com três departamentos principais: Departamento de Diálogos
Sociais (DDS), Departamento de Participação Social (DPS) e Departamento
de Educação Popular e Mobilização Cidadã (DEPMC). A seguir, um esquema contendo
as principais competências de cada departamento da SNAS:
(Fonte: Elaboração da autora).
Ao fim do quinto
dia, seguimos para o Ministério da Justiça[11]
para o seminário ministrado por Paulo Abrão, Secretário do Ministério da
Justiça, Ricardo de Andrade Saad, Diretor
Departamento de Recuperação de ativos e Cooperação jurídica Internacional e
Fernanda Alves dos Anjos, Diretora do Departamento de Justiça,
Classificação, Títulos e Qualificação.
Em linhas gerais, o
conteúdo da apresentação dos representantes do Ministério da Justiça versou
sobre crimes transnacionais. Saad abordou a temática da cooperação jurídica
internacional, destacando o papel ENCCLA – Estratégica Nacional de Combate a
Corrupção e à Lavagem de dinheiro[12]. A ENCCLA foi criada em 2003 com o objetivo de
combater de forma sistêmica a lavagem de dinheiro no país. Ela conta com a
articulação de diversos órgãos da administração pública, os três poderes e da
sociedade civil. Atualmente, cerca de 60 orgãos fazem parte da ENCCLA, entre
eles o TCU, CGU, BACEN, FEBRABAN, e outros. A cooperação entre a ENCCLA e os
diferentes órgãos – nacionais e internacionais - pode ser definida como Cooperação
Direta,
Cooperação policial, Cooperação dos Ministérios Públicos, Cooperação dos órgãos
de Inteligência, entre outros.
A
apresentação de Fernanda dos Anjos abordou aspectos do trabalho do Departamento
de Justiça, Classificação, Títulos e Qualificação, que é responsável, entre
outros, pelos critérios de classificação indicativa da programação de TV
aberta, filmes, jogos, etc. No entanto, o conteúdo mais interessante da
palestra foi sobre as iniciativas do Ministério no tocante ao combate e
enfrentamento ao Tráfico de Pessoas. O DeJus é responsável pelo alinhamento das
diversas iniciativas do Plano Nacional de Enfretamento ao Tráfico de Pessoas no
plano federal, bem como a produção de relatórios e pesquisas sobre a temática.
Neste quesito, o Departamento publicou o relatório “Diagnóstico sobre Tráfico
de Pessoas nas áreas de fronteiras no Brasil”, no qual são mapeadas as
principais modalidades do crime em 11 estados brasileiros no período de 2005 a 2011.
O Tráfico de
Pessoas é definido como “o recrutamento, o transporte, a transferência, o
alojamento ou o acolhimento de pessoas, recorrendo à ameaça ou ao uso da força
ou outras formas de coação, ao rapto, à fraude, ao engano, ao abuso de
autoridade ou à situação de vulnerabilidade ou à entrega ou aceitação de
pagamentos ou benefícios para obter o consentimento de uma pessoa que tenha
autoridade sobre outra para fins de exploração” (DeJus,2013).
[1] PL 4330. Dispõe sobre o contrato de
prestação de serviço a terceiros e as relações de trabalho dele decorrentes. http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=267841
[3] Comissão de Legislação Participativa: http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-permanentes/clp
[4] O menor caminho entre os interesses da população e a
Câmara dos Deputados: http://bd.camara.leg.br/bd/bitstream/handle/bdcamara/3629/menor_caminho_7ed.pdf?sequence=21
[5] Comissão de Legislação Participativa – Banco de
Ideias: http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-permanentes/clp/banideias.htm
[7] Banco Central do Brasil: http://www.bcb.gov.br/pt-br/paginas/default.aspx
[8] Comitê Nacional de Educação Financeira: http://www.bcb.gov.br/?BCEDFIN
[10] Decreto 7.688 de 2 de março de 2012: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Decreto/D7688.htm
[11] Ministério da Justiça: http://www.justica.gov.br/portal/ministerio-da-justica/
Dia 03 - 03 de setembro
Descrição das Atividades: Dia 3 (03 de setembro)
“Todo
o poder emana do povo que o exerce por meio de representantes eleitos ou
diretamente”.
(Constituição
Federal, parágrafo único, Art. I).
As
atividades do terceiro dia tiveram início com a visita à Controladoria Geral da
União[1].
Ao todo foram ministradas cinco palestras correspondentes às unidades
finalísticas da CGU: Ouvidoria Geral da União, Secretaria Federal de Controle
Interno, Corregedoria Geral da União e Secretaria de Prevenção da Corrupção e
Informações Estratégicas.
(Fonte: CGU,2013)
A primeira palestra foi realizada por
Carlos Gino Alencar, Secretário Executivo da CGU. Em linhas gerais, Alencar
destacou o papel da CGU como órgão de controle interno do governo federal,
responsável pela defesa do patrimônio público e aumento da transparência na
gestão, funções essas executadas através de atividades de controle interno,
auditoria pública, correição, prevenção e combate à corrupção e dos trabalho desenvolvido pela ouvidoria.
Teve grande
destaque a explanação sobre a LAI – Lei de Acesso a Informação (Lei nº
12.527/2011) [2]. No mesmo sentido,
destacou-se o trabalho da CMRI –Comissão Mista de Reavaliação de Informações[3].
A segunda
apresentação foi realizada por Ronald da Silva Balbe, Diretor de Planejamento e
Coordenador das Ações de Controle - SFC.
Segundo
Balbe, a SFC atua em 4 eixos principais: 1)
avaliação da execução de programas de governo, 2) avaliação da gestão, 3)
orientação e capacitação e 4) ação investigativa.
No que
tange a avaliação da execução de programa do governo, tem destaque o Programa
de Fiscalização por Sorteios Públicos[4]
que, segundo dados da SFC, já fiscalizou 2084 municípios (37,41% do total de
unidades administrativas municipais). Destacou-se o número de 600 auditorias
anuais de contas, 40 mil servidores capacitados entre 2009 e 2013 e ainda mais
de 130 operações especiais entre os anos de 2003 e 2013.
Como
métrica da eficiência e eficácia das ações de controle interno federal, a
Portaria CGU 2.379/2012 define a criação de uma sistemática de quantificação
dos ganhos e prejuízos identificados nas ações realizadas.
A apresentação
sobre a Corregedoria Geral da União foi realizada por Rafael Amorim de Amorim,
Chefe de Gabinete da Corregedoria, que apresentou conceitos como poder
hierárquico, poder disciplinar, sanção/pena, disciplina funcional e
responsabilização jurídica. A última parte da apresentação versou sobre os
resultados alcançados pela CGU em matéria disciplinar, em especial a
importância do Portal da Transparência do Governo Federal[5].
A penúltima
palestra foi realizada por representante da Ouvidoria Geral da União. Evidenciou-se
o contexto de criação das Ouvidorias, que surgem com a finalidade de
compactualizar participação, gestão, democracia e direito.
A Ouvidoria
Geral da União é responsável por “receber,
examinar e encaminhar denúncias, reclamações, elogios, sugestões e pedidos de
informação referentes a procedimentos e ações de agentes, órgãos e entidades do
Poder Executivo Federal”[6].
O órgão também tem como competência a coordenação técnica do “segmento de
Ouvidorias do Poder Executivo Federal, bem como de organizar e interpretar o
conjunto das manifestações recebidas e produzir indicativos quantificados do
nível de satisfação dos usuários dos serviços públicos prestados no âmbito do
Poder Executivo Federal”[7].
Entre os
principais resultados alcançados pela Ouvidoria Geral da União destacam-se o
projeto “Caravana das Ouvidorias: rumo ao sistema participativo”[8],
o “I Seminário Ibero Americano de Ouvidorias/Ombudsman de Mídia”[9]
e, por fim, o aumento do número de Ouvidorias públicas federais, que nos
últimos 10 anos tiveram aumento de 450%,alcançando 180 unidades no país.
Por fim, o
representante da Secretaria de Prevenção da Corrupção e Informações
Estratégicas[10], Renato de Oliveira
Capanena[11], apresentou as principais
ações empreendidas pela secretaria, entre elas a criação do Portal da
Transparência, a Lei de Responsabilização de pessoas jurídicas por ato de
corrupção (Lei 12.846/2013)[12].
Ao final
das palestras, seguimos para o restaurante da CGU.
As
atividades do período da tarde têm início com a visita ao Interlegis[13]
e a apresentação do Seminário “O Senado da
República na cidade constitucional – III”. O início das apresentações foi
realizado por Robson Aurélio Néri, Diretor Geral Adjunto do Senado Federal, com
o tema “Governança Corporativa e Gestão Estratégica no Senado Federal”.
Entre
os assuntos tratados por Neri, entre eles conceitos de governança, a abordagem
mais interessante foi a apresentação do Mapa Estratégico Institucional do
Senador para o decênio de 2013-2023.
A missão definida para o período é a de “Exercer a representação das Unidades da
Federação e as funções legislativa e fiscalizadora, fortalecendo o modelo
democrático federativo, incentivando a participação da sociedade e a integração
dos Estados, e promovendo, com justiça social, a qualidade de vida do povo
brasileiro”. Para tanto, são definidas quatro dimensões estratégicas, a saber:
sociedade, transparência, legislativa e gestão de recursos internos. Os quatro
itens acima descritos representam a completude das relações entre o Senado, sua
organização interna e a sociedade.
A apresentação tem continuidade com
a fala de Helena Celeste Vieira, Coordenadora da Biblioteca do Senado Federal.
A palestrante dá inicio a apresentando as diferenças entre dado, conhecimento,
informação e sabedoria, destacando também a importância do conhecimento – e de
sua perpetuação – nas organizações – públicas ou privadas.
À Secretaria de Gestão de Informação
e Documentação[14],
subordinada a Diretoria Geral do Senado, compete “planejar,
coordenar, implantar e supervisionar as políticas de Gestão da Informação e
Documentação no Senado Federal” (Senado Federal, 2013). Evidencia-se a
importância da Secretaria na operacionalização das exigências realizadas pela
Lei nº 12.527/11, a Lei de Acesso à Informação.
A
terceira apresentação do Seminário foi realizada por Orlando de Sá Cavalcante
Neto, Consultor Geral de Orçamento do Senado Federal. Cavalcante apresentou
conceitos sobre o Orçamento Público, destacando duas iniciativas empreendidas
pelo governo federal: O SIGA Brasil e o Orçamento Fácil.
O
SIGA Brasil[15] é
sistema de informações sobre o Orçamento Público Brasileiro que facilita o
acesso ao SIAFI[16] e
outras bases de dados sobre o tema.
O
Orçamento Fácil[17] é uma
interessante plataforma digital que apresenta conceitos introdutórios, mas
extremamente pertinentes e essenciais, sobre as funções do Orçamento Público,
as peças que o compõem, bem como aspectos legais que regulam a sua construção.
O programa é uma construção lúdica, baseada em vídeos e jogos, que estimula o conhecimento
e a participação por parte da população. Foi especialmente interessante ouvir –
e conhecer! – essa iniciativa.
Após
a tarde de apresentações no INTERLEGIS, seguimos à Universidade de Brasília –
UnB, para o III Seminário USP-UNB - Universidade de Brasília – O direito achado
na rua, ministrado pelo Professor José Geraldo Souza Junior.
O
terceiro dia foi cansativo e agitado. Por isso, esperava-se que a palestra do
Profº Geraldo Souza pudesse “passar em branco”, por ser o evento final que teve
início as 21h. Por (nossa) sorte, não foi assim. Geraldo recebeu a todos os
alunos com um aperto de mão na porta do auditório da universidade. Brincou,
riu, apresentou estudantes, professores e orientandos e deu início a fala. O
professor Geraldo é, sem sombra de dúvidas, uma pessoa sábia. Sábia, pois é
conceitualmente inteligente, mas também humilde e atencioso com todas as
intervenções e todos os que intervêm – estabelecendo relações com as falas dos
participantes, suas perguntas, criando novos questionamentos a partir destas.
Geraldo
Souza Junior falou sobre o tema do “direito achado na rua”[18]
[19],
concepção que, sob minha interpretação, trata-se de uma nova interpretação
(jurídica) sobre a atuação de movimentos e grupos sociais. Representa,
portanto, uma visão distinta do status quo jurídico, através da qual todo grupo
e/ou indivíduo atua sobre sua realidade, produzindo significados e mudanças,
portando-se, assim, como um protagonista em si.
Essa
nova concepção tem se apresentado como importante instrumental para a análise
dos recentes movimentos sociais que enxergam a rua, o espaço público, como
importante símbolo para a concretização das demandas sociais. A ocupação deste representa
o reconhecimento dos excluídos, que por décadas não tiveram direito a voz ou
participação.
A
palestra do Profº Geraldo Souza foi a melhor atividade da Cidade
Constitucional. Eu não poderia terminar sua descrição sem citar uma das frases
mais marcantes ditas por ele: “O direito não deve andar a frente ou atrás dos
cidadãos, mas sim ao seu lado”.
[1] Controladoria Geral da União – CGU: http://www.cgu.gov.br/
[2] Orientações para a implementação da lei de acesso à
informação nas ouvidorias públicas: http://www.cgu.gov.br/publicacoes/ColecaoOGU/Arquivos/OGU-Implementacao_LAI.pdf
[3] Comissão Mista de Reavaliação de Informações: http://www.acessoainformacao.gov.br/acessoainformacaogov/comissao-mista/index.asp
[4] Programa de Fiscalização por Sorteios Públicos: http://www.cgu.gov.br/controleinterno/AvaliacaoExecucaoProgramasGoverno/Sorteios/index-sorteios-estados.asp
[5] Portal da Transparência do Governo Federal: http://www.portaltransparencia.gov.br/
[6] Ouvidoria Geral da União: http://www.cgu.gov.br/ouvidoria/
[7] Idem.
[8] Caravana das Ouvidorias: rumo ao sistema
participativo. http://www.cgu.gov.br/Imprensa/Noticias/2013/noticia06113.asp
[9] I Seminário Ibero Americano de Ouvidorias/Ombudsman
de Mídia http://www.cgu.gov.br/ouvidoria/Destaques/20130304-seminario-iberoamericano.asp
[10] Secretaria de Prevenção da Corrupção e Informações
Estratégicas: http://www.cgu.gov.br/cgu/quemequem/SPCI.asp
[11] Renato de Oliveira Capanena é Coordernador- Geral de
Promoção da Ética, Transparência e Integridade.
[13] Interlegis - http://www.interlegis.leg.br/
[15] SIGA Brasil: http://www12.senado.gov.br/orcamento/sigabrasil
[16] Sistema Integrado de Administração Financeira –
SIAFI: https://www.tesouro.fazenda.gov.br/siafi
[17] ORÇAMENTO FÁCIL: http://www12.senado.gov.br/orcamentofacil
[18] A Construção Social da Cidadania: O direito achado
na rua: http://www.fd.unb.br/index.php?option=com_content&view=article&id=247%3Aa-construcao-social-da-cidadania-o-direito-achado-na-rua&catid=180%3Acad-noticias-menor-impacto&Itemid=2829&lang=br
[19] O Direito
Achado na rua – disciplina da Faculdade de Direito da UnB: http://www.fd.unb.br/index.php?option=com_content&view=article&id=230%3Ao-direito-achado-na-rua&catid=74&Itemid=1411&lang=br
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